quinta-feira, 27 de agosto de 2015

NÃO IMPORTA QUEM SEJA


Poeta mimsense > Gilson Rangel Rolim, poeta saudado na terceira semana sarau – Talento

003/2015

NÃO IMPORTA QUEM SEJA


Seja lá você quem for – preto, branco ou amarelo,
Não importa a sua cor nem o tom de seu libelo.
Importa ser solidário, ser um amante da paz.
De o amor ser um santuário e dizer: “não matarás!”

Seja lá você quem for – instruído, analfabeto,
Operário u professor - ter qualquer curso completo.
Importa o jeito de ser, ser, sobretudo gentil,
Ter na alma o bem-querer, ser humilde, não servil.

Seja lá você quem for – pobre, rico, remediado,
Homem da rua ou ator, ser loquaz ou ser calado.
Importa é trazer no peito gosto de dar abrigo;
Não ver apenas defeito em quem não é seu amigo.

Seja lá você quem for – da direita ou de esquerda,
Empregado, empregador, homem do lucro ou da perda.
Importa ser sempre justo, cultivar a afeição.
Procurar a todo custo trazer paz no coração!

domingo, 23 de agosto de 2015

DOR SILENTE - Soneto

002/2015 > Obra poeta mimosense
Homenageado da semana, - in - Maria Antonieta Tatagiba


DOR SILENTE > soneto


ACERVO DE FOTOS  Gerson França


Tem a expressão tranquila e mesta de um sol posto
Sobre um vale onde plange o sino da saudade,
Esta tristeza atroz que me anuvia o rosto
E que todo o meu ser tão fundamente invade.

É triste o meu olhar como este céu de agosto
Enevoado, a exprimir uma vaga ansiedade...
Nas pálpebras me pesa o chumbo de um desgosto
Profundo, sob um véu de vã serenidade.

Dentro em mim é gelada a escura atmosfera.
Nem prazeres nem luz neste tormento eterno
Em que somente a mágoa é que em minha alma impera

Em meus lábios, entanto, um sorriso persiste,
Como um raio de sol, descorado de inverno,

Tentando iluminar uma paisagem morta!

sexta-feira, 21 de agosto de 2015

PENSAR





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POETA DA SEMANA
Homenageado, é Vitor Hugo Pires Nogueira


PENSAR

Se nós Homens
Nos julgamos suficientes
E com isso assumimos
Uma autoridade tirânica;
Saibamos que esta suficiência
É  limitada, é inconsequência.

De pensamos,
Que tudo se resume a nós,
Saibamos que não somos só a foz
Mas também a nascente e  leito,
E a podridãoo que flutua.
Que somos uma carga de meios
Sistemas e fórmulas e meneios
Que para o todo completo,
São só simples coisas e dialetos.

Se pensamos,
Que chorar é coisa dos fracos
E ficamos insensíveis sorrindo,
É porque, medrosos em horror
Ainda não descobrimos o amor
E vimos ele partir.

Sim, porque todos haverão do chorar,
Todos irão implorar,
O direito de ter uma lágrima
E um alguém
Por quem a derramar.

E talvez ainda não seja tarde,
Minh’alma borbulha revoltada,
A normalidade comum não me atinge em nada.
São flores mortas por veneno de antulhos.

A dor aflige meu corpo do pecado oriundo,
Meus olhos se molham com a realidade,
A mente se esgota em busca da verdade,
Ergo a loucura em forma de triunfo.

O mundo se desfaz em luzes de ozônio,
A terra cede sob meus pés caminhantes,
Meu peito chora um choro ululante,
Desfalece meu corpo, entrego-me ao sonho.
Ensombro-me sem dor no meu submundo,
Rezo a Deus com voz taciturna,
Culpo-me nas sombras de um poço sem fundo.
Lanço-me em vão sem tropeços

Na digna idade dos tempos.