terça-feira, 13 de outubro de 2015

APRENDIZADO


Túnel do tempo
Para esta edição escolhido o poema de ALMIR GUEDES

Faleceu em 28/05/1988

Nº 008/2015

Aquietar-se
Ouvir os sons dentro do silêncio
Sorver o infindável,
O ilimitado.

Deixar que um véu
De luz macia
E brilhante
Envolva a consciência

Nos olhos e na boca
Uma paz risonha
E na alma
Um vislumbre
De Eternidade...

MÃOS DE MÉDICO


Túnel do tempo
Para esta edição escolhido o poema de José Arrabal Fernandes

007/2015




Minhas mãos ficaram velhas,
Estão feias e queimadas,
Cheias de pintas senis,
Também, trabalharam tanto,
Mergulharam tantas vezes
Em solução detergentes,
Tantas luvas de borracha,
Nesta minha profissão,
E foi o que aconteceu:
Elas, depressa, ficaram
Muito mais velhas que eu.
Agora sinto remorso,
Não tive tempo vadio
Para lhes dar atenção.
Minhas tristes mãos fanadas.
As ferramentas usadas,
No meu ofício tão nobre,
Na medicina geral,
Mãos de velho,
Mãos de pobre,
Mas símbolos de grandeza,
Jamais usadas em vão.
Não roubaram, nem bateram,
Só souberam trabalhar.
Ás vezes ponho nos bolsos,
Mas, logo, me lembro e tiro,
Levanto-as alto pro ar,
É meu diploma de honra!
Mesmo feias, enrugadas,
São as marcas registradas
De uma vida a respeitar.

MÃE


Túnel do tempo
Para esta edição escolhido o poema de William Minassa Júnior. "Poesia semanal 06/2015



Palavra tão doce de ser pronunciada,
Mãe tu nasceste para mártir. Onde encontramos amparo
Tu geraste filhos Mãe!
Ás vezes dá a própria vida para nos salvar.
Tu és incansável com a gente.
Quando fatigada Mãe, tu pedes a Deus forças e
Continuas a lutar.
Tu não medes esforços para com a gente,
Mãe tu és como a rosa.
Cada filho teu é uma pétala,
Com o passar do tempo esta fica mais forte.
Tu embalas um filho grande como se ainda fôssemos
Crianças.
O tempo passa Mãe, mas nós sempre seremos
pequenos aos teus olhos.
Obrigado Senhor por minha Mãe e por todas as outras...
Mãe tu és a haste e nós as flores.
Tu és a vida, esperança, amor, paz e harmonia.
Tu és também ternura e poesia.